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O Rio Amazonas sobre nós



Certamente já deve ter sido notado o enfoque na questão hídrica, não somente no Brasil, como no mundo. O assunto engloba pontos como; diminuição nos níveis dos reservatórios de abastecimento, diminuição no índice pluviométrico em diversos estados brasileiros e a mudança rápida nos períodos de chuvas e de estiagem por todo o território, pegando de surpresa pecuaristas e agricultores.
No entanto pouco se tem falado de um ponto muito importante para o país, por fazer parte fundamental do ciclo hidrológico, Os Rios Voadores .Os rios voadores são definidos como; imensas massas de vapor d’água que, levadas por correntes de ar, viajam pelo céu e respondem por grande parte da chuva que rola em várias partes do mundo. O principal rio voador do Brasil nasce no oceano Atlântico, incrementa seu volume ao incorporar a evaporação da floresta Amazônica chegando a um volume de 200 milhões de Litros por segundo, o que o faz ser comparado ao Rio Amazonas em volume transportado de água, ele tem seu fluxo parado ao chegar nos Andes e escapa rumo ao sul do país. “O vapor d’água que faz esse trajeto é importantíssimo para as chuvas de quase todo o Brasil”, afirma o engenheiro agrônomo Enéas Salati, da Universidade de São Paulo-USP, pesquisador que deu início há pelo menos 30 anos, o que em 2007 se tornaria o Projeto Rios Voadores, que a partir de 2010 tornou-se mais forte e abrangente, com o apoio da Empresa Petrobrás, englobando-o no programa Brasil das Águas, tendo como foco, a conscientização da população, sobre a necessidade de preservação da água doce em território nacional, tendo como parceiros, secretarias de educação e escolas estaduais e municipais.


 O projeto;


Foi idealizado em decorrência de longas conversas que começaram em Manaus em 2006 entre o aviador Gérard Moss e o Prof. Antonio Donato Nobre, e contou com a subsequente colaboração do Prof. Salati e outros cientistas envolvidos no tema como José Marengo, Pedro Dias e Reinaldo Victoria. O prof. Marcelo Moreira, do CENA, projetou um equipamento para coletar amostras de vapor de água em pleno voo.Na primeira fase do projeto, entre 2007-2009, Gérard Moss realizou inúmeros voos para coletar as amostras, em altitudes diferentes, acima de várias regiões do Brasil, mas principalmente da Amazônia. A análise das amostras foi feita no CENA (Centro de Energia Nuclear na Agricultura) da USP-Piracicaba e buscou avançar os conhecimentos sobre a origem do vapor de água transportado pelas massas de ar vindos da Amazônia, além de quantificar o papel da evapotranspiração da floresta amazônica no regime das chuvas nas regiões mais ao sul.Na segunda fase do projeto (2010-2012), que contou com o patrocínio do Programa Petrobras Ambiental na época, uma novidade foi a interligação dos resultados das análises com as condições meteorológicas regentes na hora da coleta. Foi um trabalho complexo, uma união de forças que gerou um novo ângulo: a análise das amostras de vapor de água no CENA com a forte colaboração da equipe no CPTec.O Projeto Rios Voadores faz parte do Brasil das Águas, projeto que, desde 2003, busca chamar a atenção do público para a preservação das nossas águas doces




fonte:    www.riosvoadores.com.br



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